Coluna do Eduardo Torres: Brasil ligado em um Gauchão que é um fio desencapado

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Imagem: Rede Esportiva

Eu sempre disse que achava demasiado o estado de êxtase que torcedores (que entendo plenamente) e alguns colegas cronistas estavam com o Brasil no começo da competição. Sempre achei um time bastante ajustado, competitivo, com dois ou três atletas se destacando e um bom técnico. E só. Nunca foi um super time. Isso é ruim? Evidente que não!
A grande mudança que o Brasil mostra nesse Gauchão em relação aos dois últimos é ter a capacidade de competir, mostrando equilíbrio entre os setores: hoje podemos dizer que o Brasil é um time equilibrado. Tem defesa, meio-campo e ataque em nível muito parecido. E, acreditem ou não, isso acaba tranformando-se em um diferencial lá no final da primeira fase.

Eu sempre disse que o Gauchão é muítissimo equilibrado, e que todos os 10 clubes do interior(acrescente-se o São José nessa turma) precisariam estar com a corda esticada todo tempo para que conseguissem desempenho, e questões de jogo que não são as valências mais preponderantes fossem minimizadas por força de grupo, comprometimento e dedicação. Todos predicados de equipes que competem e são ajustadas no campo de jogo. Como o Brasil.

Na última rodada, o Brasil enfrentou uma equipe inferior à sua em todos os aspectos. O São José de 2022 é o pior São José dos últimos anos. E ainda assim colocou muitas dificuldades ao Xavante dentro do Bento Freitas. Lembram quando eu falei que era preciso pensar jogo a jogo no Gauchão, para bater as metas uma a uma? Esse jogo foi um exemplo. Não vimos atuações vistosas como as do começo da competição. Mas o Brasil soube “sofrer” no jogo e não se deixou esmorecer. Foi uma má atuação? Evidente que não. Mas os problemas enfrentados não eram imaginados por boa parte dos torcedores que foram até a Baixada enfrentar um time que encontra-se literalmente aos pedaços no campeonato.

Mesmo atuando coletivamente bem nas primeiras rodadas, Testoni se viu obrigado a achar um lugar para a dupla Luizinho e Bruno Paulo no time, pois sempre que eles entravam, mudavam o jogo a favor do Brasil. Porém, vi uma mudança na ideia de jogo que me pareceu ter deixado o Brasil menos consistente no meio-campo. Creio que ambos poderiam ter entrado, ou apenas Luizinho, mas a ideia podia ter sido preservado. Talvez tenha sido aí que o Zeca achou menos dificuldades. A concentração ou bravura – deixo a cargo de vocês – foi outro ponto preponderante para a vitória, principalmente após o expulsão boba de Marcelinho. Dentro das circunstancias, foi uma vitória importantíssima, na qual dá plenas condições deste colunista dizer que a primeira meta(os 11 pontos) ser facilmente batida, e já pode ser no domingo.

De um ranzinza analista do esporte mais popular do planeta: o Brasil está dentro da média, e muito bem obrigado. Sem atropelos, devagar se vai ao longe. Mas com toda a atenção possível.

MERECE PALPITE
Amanhã, as 12h15, Villareal e Real Madrid enfrentam-se pelo campeonato espanhol. A odd para mais de 2.5 gols na KTO.com está em 1.84 e merece o seu palpite.


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